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A história da Diana, da comunicação à programação

Atualizado: 25 de fev. de 2021



Nunca fui daquelas pessoas que sabia desde pequenina o que queria fazer. Entrei em Ciências, mudei para Humanidades, acabei por escolher seguir para uma licenciatura em Ciências da Comunicação porque gostava de escrever.

Quando me licencei tinha 21 anos e o sonho de viver no estrangeiro.


De um estágio na TVI em Portugal, segui diretamente para uma web-tv em França onde estive 4 anos. Foi ao fim desses 4 anos que tentei voltar a Portugal mas as condições de trabalho que encontrei empurraram-me rapidamente para outra aventura. Fui parar a Inglaterra como “Repórter de Ácido Sulfúrico” – nome deveras entusiasmante, com boas condições de trabalho. Simultaneamente, continuei o trabalho como responsável de comunicação para uma associação portuguesa em França que já fazia há anos, e como escritora de biografias - um projeto meu.


Estava feliz e realizada a conjugar a minha panóplia de interesses mas trabalhava mais de 12h por dia, todos os dias. Esta vida durou pouco mais de um ano, altura em que me despedi para ser nómade digital - o trabalho mais em voga dos nossos tempos. Criei um vlog de viagens, montei os meus próprios negócios e fui viajando enquanto trabalhava.



Foi enquanto passava por Budapeste que resolvi fazer um bootcamp de programação. Confesso, sem vergonha, que o que mais me atraía na programação eram as condições de trabalho que a área proporciona. Foram meses de estudo intenso e nem sempre foi fácil: decidi ficar em Budapeste e demorei a arranjar trabalho na área - talvez por não falar húngaro, talvez por não ter experiência em IT. Comecei a duvidar das minhas escolhas... Mas, uns meses mais tarde, deram-me a primeira oportunidade e nunca mais olhei para trás.


Hoje sou IT Business Analyst em Budapeste e gosto muito do que faço! Acima de tudo, gosto das condições de trabalho, dos colegas e do respeito que existe pela profissão.



No meio destas voltas todas, ouvi inúmeras vezes a pergunta "pensas ficar aqui para sempre?". E pergunto-me sempre como é que alguém responde a isso com verdade? Estou aqui enquanto estiver feliz. Quando deixar de estar, mudo. De país, de trabalho, de vida - seja o que for preciso mudar. Já o fiz vezes suficientes para saber que não é nada de assustador. Dá trabalho mas é sempre excitante e espectacular.


A minha avó, que já sabe pouco do que diz, diz-me, de cada vez que vou a Portugal: "onde se está é que se vive". É simples, mas é mesmo isso, onde se está é que se vive.


Diana, 31 anos, Portuguesa em Budapeste

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