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A história da Joana, da Europa a Coimbra

Foto do escritor: My Great ChangeMy Great Change

Atualizado: 25 de fev. de 2021

O meu percurso foi sempre linear e em crescendo. Sempre fui boa aluna, terminei a Faculdade de Direito com uma boa média e, aos 21 anos e com uma dose de ingenuidade, decidi enviar o meu curriculum e uma carta de apresentação para o Governo.


Era o início da minha carreira profissional e achei que devia apontar para o meu sonho e começar por tentar trabalhar em locais que me enchessem de motivação.

Fui chamada pelo Secretário de Estado do Ambiente e o meu primeiro estágio foi uma das melhores experiências que podia ter tido. Continuei a escalada e consegui ser aceite num mestrado em Direito Europeu, em Bruges, com bolsa de mérito atribuída pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros. Especializei-me nesta área de prática, trabalhei na Comissão Europeia, no Parlamento Europeu e num dos maiores escritórios de advocacia em Portugal onde poderia ainda agora passar os meus dias.


Mas a vida é muito mais do que a encruzilhada profissional. Pelo meio, as decisões pessoais foram ganhando espaço e outra relevância. Apaixonei-me. Regressei a Coimbra e trabalhava à distância com uma Advogada italiana mas sentia alguma incerteza em relação ao meu futuro profissional. Foi duro assumir que a minha suposta realização profissional não me deixava assim tão feliz. Foi duro lidar com o meu próprio preconceito em relação a quem larga uma carreira sólida por um passo seguinte opaco.


Assim, aos 32 anos, voltei a fazer outro exercício de liberdade e a pensar no que queria agora fazer, em Coimbra. Peguei noutra grande paixão - a comunicação - e dei-lhe corpo, nasceu a revista Coolectiva da qual sou directora, que ocupa todo o meu tempo e me deixa muito orgulhosa. Vivo com um bom equilíbrio entre a minha vida pessoal e a profissional, na cidade onde nasci e que me permite ter uma vida pacata, cheia de qualidade.


Aprendi uma enorme lição: não interessam as expectativas de terceiros em relação ao futuro de cada um mas apenas as que traçamos em função da nossa própria verdade. E amanhã? Logo vejo. Sou livre, independente e trabalhadora, com estes ingredientes vou fazer sempre o que quiser.

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